Cabo Verde cria primeira universidade pública com ajuda do Brasil

O Brasil está ajudando Cabo Verde a formar sua primeira universidade pública. O seguimento das conversas relativas a essa cooperação deve ser um dos principais temas nos encontros que a comitiva brasileira liderada pelo ministro Celso Amorim, das Relações Exteriores, mantém hoje na capital do país, Praia.

A cooperação brasileira na educação também inclui o apoio à criação de um centro de formação profissional semelhante ao que o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) já mantém em Angola e Timor Leste em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação.

O grupo brasileiro, que inclui ainda a ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Matilde Ribeiro, e o presidente da Fundação Palmares, Ubiratan Castro, além de representantes de diversos ministérios e orgãos públicos, chegou na madrugada de hoje à Ilha do Sal, uma das dez que formam o arquipélago de Cabo Verde.

Nesta manhã, a comitiva se desloca para Praia e retorna a Sal à noite. Ao longo do dia, estão previstos encontros com autoridades caboverdianas, além de empresários locais, e visitas às futuras instalações do Centro de Formação Profissional e de um Instituto Internacional da Língua Portuguesa.

Os acordos que o chanceler brasileiro deve assinar hoje também abordam temas como o combate à Aids e programas de alfabetização.

A formação da primeira universidade pública de Cabo Verde foi discutida durante a visita que o presidente Lula fez ao país no ano passado, acompanhado pelo ministro Tarso Genro.

Após esse primeiro contato, uma missão comandada pelo MEC já visitou o país para avaliar de que forma o Brasil pode colaborar nesse sentido. Segundo o representante do MEC na comitiva, Alexandre Prestes Silveira, duas universidade federais (UnB e UFCe) já estão auxiliando no projeto, além da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)
e do governo do Ceará. "É a primeira vez que o MEC se envolve com esse nível de profundidade em um projeto como esse", afirma Silveira. Entre as possibilidades de cooperação que vêm sendo estudadas, ele destaca a formação de pessoal, a montagem de bibliotecas e o apoio a uma editora universitária no país.

Cabo Verde é um país com pouco mais de 450 mil habitantes, segundo dados do Banco Mundial. Avalia-se que quase a mesma quantidade de caboverdianos vivam hoje em outros países, principalmente os Estados Unidos. O envio de remessas desses emigrantes constitui uma das principais fontes de divisas para Cabo Verde.

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