O ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), disse nesta sexta-feira que a decisão sobre sua eventual saída do cargo compete unicamente à presidente da República, Dilma Rousseff.

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Após se reunir com empresários na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Lupi disse estar tranquilo apesar das especulações de que perderia o cargo por conta da votação do PDT sobre o salário mínimo na Câmara.

“Quem tem de responder é a presidente da República. Meu cargo é de confiança. Se ela achar que não devo ficar, não devo”, afirmou. “Estou com a consciência tranquila, ao lado da causa do povo brasileiro.”
Ele contou que conversou quinta-feira com a presidente Dilma e que sua eventual demissão não foi tratada. “Falo com a presidente Dilma permanentemente porque ela é minha chefe. Ontem, ela estava absolutamente feliz pela vitória que obteve na Câmara”, afirmou.

Lupi disse ainda que cabe ao governo ser “grandioso” nas vitórias. “Ao vitorioso compete a grandeza de exercer a vitória. Caso contrário, não terá grandeza quando perder.”
Lupi evitou criticar a posição de alguns deputados do PDT que não votaram a favor do mínimo de R$ 545. Disse que o momento é de comemorar a vitória do governo e afirmou não considerar “inteligente” que o governo faça retaliações ao partido.

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“O PDT fez aquilo que a democracia deve fazer por todos os partidos”, declarou. “Temos uma legislação sobre o mínimo pela primeira vez. Nem o presidente Lula (ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva) conseguiu aprovar uma legislação que garanta aumento real para o trabalhador.”
O ministro afirmou que cada deputado do PDT votou com a própria consciência, mas disse que, como membro do governo, apoiou os R$ 545. Ele refutou as afirmações segundo as quais não teria se empenhado a favor dos R$ 545.

“Dizem tanta coisa sobre tanta gente que não é verdade. Teve um deputado ontem que falou que vou voltar para a banca vender jornal. Graças a Deus eu posso vender jornal. Tem gente que não tem o que vender”, disse Lupi, que antes de se tornar político foi dono de uma banca de jornais no Rio de Janeiro.

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