Bush pede ajuda a Jordânia e ao Egito para o Iraque

O presidente George W. Bush buscava nesta sexta-feira (12) apoio do rei da Jordânia, Abdullah, e do presidente do Egito, Hosni Mubarak, para sua nova estratégia militar para o Iraque, enquanto céticos membros do Congresso realizavam um segundo dia de audiência sobre o plano de enviar mais tropas a Bagdá. No Capitólio, funcionários de alto escalão do governo foram questionados por democratas e republicanos moderados, que disseram não estar convencidos de que o novo plano representa uma mudança na política militar dos EUA. A estratégia foi qualificada como uma tentativa desesperada e até mesmo de um disparate.

Muitos congressistas manifestaram sua frustração pelo fato de a iniciativa não ter fixado uma data limite para o aumento de tropas. "A idéia de que nós temos de enviar mais soldados para permitir uma solução política que eles não conseguiram alcançar, e que francamente não acreditamos que realmente a estejam buscando", disse a deputada democrata Ellen Tauscher ao secretário de Defesa Robert Gates e ao general Peter Pace, chefe do Estado-Maior Conjunto, durante audiência na Câmara dos Representantes.

Os republicanos também fizeram duras declarações. "Devemos aos militares e a suas famílias uma política por seus sacrifícios. E não creio que tenhamos atualmente essa política", disse o senador republicano Chuck Hagel à secretária americana de Estado Condoleezza Rice.

Retirada

Mais tarde, Gates e o general Pace tentaram convencer o Comitê dos Serviços Armados do Senado que o novo plano acabará com o sangrento conflito que já dura quase quatro anos e já matou dezenas de milhares de iraquianos e mais de 3 mil soldados americanos, ao custo de US$ 400 bilhões para os cofres públicos dos EUA. Gates disse que os EUA podem começar a retirar suas forças do Iraque ainda este ano se as tropas adicionais que serão enviadas a Bagdá conseguirem reduzir significativamente a violência, mas admitiu que mesmo os novos soldados poderiam não acabar com a violência sectária que tomou conta da capital.

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