Bush e Kyoto

O presidente George W. Bush não abre mão de suas convicções quanto ao poder absoluto que detém como chefe da maior nação da Terra. É assim que age em relação aos assuntos que sua escala pessoal de valores remete ao compartimento dos menos importantes, como as recomendações do Protocolo de Kyoto quanto ao aquecimento global.

Mais uma vez Bush deixou claro que não vai rever a decisão de não aceitar os limites estabelecidos no tratado. O assunto está na pauta da cúpula do Grupo dos Oito (os sete países mais ricos e a Rússia), que começa amanhã na Escócia. A principal razão invocada pelo presidente norte-americano para não assinar o protocolo subordina-se aos poderosos interesses econômicos da indústria pesada do país.

Os governantes dos países industrializados estão cientes dos sérios riscos climáticos que estão correndo, bem como de sua parcela de contribuição e responsabilidade no descontrole das emissões de dióxido de carbono na atmosfera.

Bush sabe bem disso, tanto que alardeia o gasto de US$ 20 bilhões para desenvolver a tecnologia de veículos movidos a hidrogênio e o armazenamento de carbono em depósitos subterrâneos. O avanço da pesquisa para reduzir a dependência dos países industrializados dos combustíveis fósseis é também uma bandeira do presidente dos Estados Unidos, no que parece ser uma cruzada para sepultar o Protocolo de Kyoto.

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