O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, admitiu que não é popular, tanto quanto sua guerra no Iraque. Ele sabe que já passou o tempo de haver progresso no país árabe e que a paciência dos americanos já acabou. Ainda assim, nada disso fará com que mude sua posição de que são necessárias mais tropas americanas para vencer a guerra no Iraque. "Não vou tentar ser popular e mudar princípios para conseguir", disse Bush.
Preparando-se para o confronto, Bush e seu vice-presidente, Dick Cheney, afirmaram que não irão recuar da decisão de enviar mais tropas americanas para o Iraque não importando quanta oposição faça o Congresso. "Entendo plenamente que eles podem tentar me parar", admitiu Bush, um republicano, sobre o Congresso controlado pela oposição democrata. "Mas já tomei a decisão, e vamos em frente".
Enquanto o presidente tentava demonstrar determinação, parlamentares avaliavam formas para pará-lo. "Temos de analisar que opções estão disponíveis para contermos o presidente", ponderou o senador democrata Barack Obama, um possível candidato à Casa Branca em 2008. Entretanto, os democratas continuam preocupados em não parecer que estão negando apoio às tropas americanas.
Cheney, ainda mais desafiador, disse que democratas fazem críticas sem apresentar alternativas viáveis. Ele relembrou insistentemente que Bush é o comandante-em-chefe da nação. "Você não pode administrar uma guerra através de um comitê", disse o vice-presidente sobre as iniciativas dos parlamentares.
A agressiva reação da Casa Branca ocorre no momento em que tanto a Câmara dos Representantes quanto o Senado se preparam para votar resoluções expressando oposição ao envio de mais tropas para o Iraque. Vendo erodir o apoio mesmo entre os republicanos, a Casa Branca saiu a campo tentando reconquistar algum terreno.