Buscando saídas

Setores ligados à exportação, o segmento mais afortunado da fase atual da economia interna, começam a emitir sinais de desconforto e incerteza quanto ao desempenho dos próximos meses. E a causa principal da apreensão é a política de câmbio cada vez mais prejudicial aos objetivos do comércio exterior.

Ainda não se fala abertamente, mas representantes com voz audível no setor sinalizam que as metas de exportação de 2006 devem sofrer séria restrição, face ao desestímulo quanto aos investimentos necessários para manter a produção em ritmo crescente. A perda de rentabilidade de alguns setores é determinante para o clima de pessimismo já de conhecimento do ministro Luiz Fernando Furlan.

Dessa forma, o desempenho positivo das exportações brasileiras parece estar condenado a enfrentar um período de baixa, comprometendo o até aqui laudatório equilíbrio da balança comercial. As pesadas restrições impostas pelos países compradores agem também como carga negativa sobre o planejamento dos exportadores, e a guerra de tarifas está longe de acabar.

Uma das saídas dos exportadores de têxteis, por exemplo, é aumentar o investimento em plantas industriais que possuem em países da América Latina, nos quais a taxa de câmbio para exportação é mais favorável, graças a acordos bilaterais com Estados Unidos e União Européia.

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