O advogado Rogério Buratti diz estranhar o fato da Gtech ter pago R$ 6 milhões ao advogado Afrânio Nabuco para intermediar uma reunião com o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso. O advogado indagou se o dinheiro pago não seria para que o advogado garantisse a renovação do contrato.
Buratti, ex-assessor de Antonio Palocci na Prefeitura de Ribeirão Preto, participa de sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos. A CPI faz acareação entre Buratti, Waldomiro Diniz, ex-assessor da Casa Civil e Carlos Augusto Ramos ? conhecido Carlinhos Cachoeira ? empresário de jogos. Também participam da acareação o diretor da multinacional, Marcelo Rovai, e o ex-advogado da multinacional Gtech, Enrico Gianelli.
Buratti disse ainda que Marcelo Rovai ofereceu de R$ 500 a R$ 16 milhões para que intermediasse as negociações de renovação do contrato da Gtech com a Caixa. Rovai negou o oferecimento de propina e sugeriu que, se tivesse sido feito, Buratti não teria negado.
Rovai diz ter sido achacado por Buratti. "Se eu não tivesse tornado isso público, o senhor continuaria trabalhando na empresa Leão Leão", disse. A empresa Leão Leão é acusada de pagar propina à prefeitura de Ribeirão em troca do contrato para retirada de lixo.