Buratti afirma que Leão Leão negociou propina direto com Palocci

No último depoimento concedido à Polícia Civil de Ribeirão Preto, no mês passado, o advogado Rogério Buratti afirma que cabia aos então prefeitos Antonio Palocci e Gilberto Maggioni negociar com a empresa Leão Leão os termos do contrato de varrição. Segundo ele, "os prefeitos tinham conhecimento de tudo o que acontecia no tocante à realização do contrato do lixo entre a prefeitura e a Leão Leão" O depoimento foi entregue hoje à CPI dos Bingos pelo delegado Benedito Antonio Valencise.

Segundo Buratti, a empresa entregava mensalmente R$ 50 mil ao então secretário da Fazenda, Ralf Barquete, e que isso "constituía um beneplácito da empresa em decorrência de duas coisas básicas: que se fizesse pagamento em dia das faturas e que se mantivesse o equilíbrio do contrato e o volume do faturamento". "E que o acordo aconteceu entre a direção da Leão Leão e o próprio prefeito Palocci". Disse ainda Rogério Buratti: "Sei que o prefeito Palocci tinha conhecimento deste valor, seu recebimento e destino, sendo que esta modalidade continuou no governo de Gilberto Maggioni, entretanto não sei em que valores"

Segundo ele, os R$ 50 mil eram pagos no meio de cada mês para frente e que Ralph ia apanhar na empresa o envelope com o dinheiro. "E que excepcionalmente, alguém da empresa levava o valor até a Secretaria da Fazenda. Sobre os valores superfaturados da varrição, Buratti afirma que "a empresa sugeria os valores, entretanto, era o prefeito que decidia".

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