A Organização Meteorológica Mundial, agência ligada à ONU, anunciou que o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida chegará a 27,9 milhões de quilômetros quadrados ainda neste ano. O tamanho é o segundo maior já registrado na História. O anúncio foi feito poucas semanas depois de a mesma entidade ter declarado que a recuperação da camada levará mais tempo do que os cientistas previam.
Neste ano, o buraco só não terá mais que o tamanho registrado em 2000, quando chegou a 28,5 milhões de quilômetros quadrados e atingiu seu recorde. Até agora, o segundo pior ano havia sido 2003.
Historicamente, o buraco na camada atinge seu ponto auge no mês de setembro por causa de flutuações climáticas do planeta nessa época do ano. Nesse período, partes do sul do Chile e da Argentina são afetadas pelo buraco, que pode contribuir para a passagem de raios ultravioleta.
Recomenda-se, nas regiões atingidas, que as pessoas se protejam para evitar o desenvolvimento de câncer da pele. Na Antártida, entre outros impactos ambientais, há destruição da fauna marinha.
Apesar de todos os esforços de cientistas para convencer os países a emitir menos gases e de acordos terem sido estabelecidos, os resultados ainda levarão anos para aparecer. No atual ritmo de redução de emissões, a agência da ONU e cientistas da Nasa estipularam que o buraco estaria recuperado no ano de 2049. Há menos de um mês, os mesmos cientistas haviam chegado a outra conclusão: que o mundo precisaria de quase 20 anos a mais para conseguir recuperar a camada de ozônio no Pólo Sul.