Buarque afirma que PDT decide apoio em segundo turno nesta semana

O candidato do PDT à presidência, Cristovam Buarque, afirmou que seu partido deverá decidir na quarta-feira qual candidato deverá apoiar no segundo turno das eleições presidenciais. Embora tenha repetido várias vezes que seguirá a orientação do PDT, Cristovam deixa escapar uma simpatia maior pelo candidato Alckmin. Ao Estado, ele afirmou: "Lula carrega um passado de esquerda, mas um presente conservador, sem vigor transformador. O Alckmin carrega uma visão mais elitista. Mas carrega a idéia de alternância do poder, que é uma coisa positiva", afirmou.

Cristovam, que conquistou 2,5 milhões de votos no domingo, reconheceu que o apoio do partido não é garantia da transferência de votos. "Na época do Brizola isso ocorria. Agora é imprevisível." Desde a semana passada, Cristovam enfatiza a necessidade de respeitar a decisão da diretoria do PDT sobre o apoio no segundo turno. Mesmo ao comentar as afirmações de Carlos Luppi, presidente do PDT, que teria adiantado a recusa de um apoio a Lula, Cristovam afirmou: "Embora seja presidente, Luppi é integrante do partido. É preciso respeitar a decisão da maioria.

Para o senador, as diferenças entre candidatos Alckmin e o presidente Lula vão começar a despontar a partir de agora. "O debate vai pegar fogo", disse. Em sua avaliação, nas próximas três semanas muitos "novos ingredientes" deverão surgir para debate. "O cenário do dia 29 certamente será muito diferente daquele apresentado ontem", disse. Entre as mudanças, o senador incluiu a intenção de votos de muitos eleitores. Para ele, a realização do segundo turno foi um recado claro dos eleitores: "O povo pediu tempo para debater", afirmou. "Muita gente vai mudar de lado".

Questionado sobre se esta mudança poderia beneficiar o presidente Lula, Cristovam procurou neutralizar sua declaração. Afirmou.

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