Pedro Brito é o ministro da Secretaria Nacional de Portos, desvão administrativo criado pelo presidente Lula para acomodar no primeiro escalão o ex-interino do Ministério da Integração Nacional, que ocupou a cadeira deixada pelo dileto amigo, deputado federal Ciro Gomes, que não abriu mão de abiscoitar um alto posto na Esplanada.
O ministro tem problemas imediatos a resolver não apenas no que tange à dragagem dos canais, ampliação da capacidade de atracação dos portos mais movimentados e demais itens da agenda.
Trata-se do contencioso adubado pelo fato que o Porto de Santos, o mais importante do País, está sob controle político do PR (ex-PL), onde pontifica um afilhado do polêmico deputado Valdemar da Costa Neto, aquele que na legislatura anterior renunciou ao mandato, sob a comprovação de ter sacado do valerioduto a apreciável quantia de R$ 6,5 milhões.
Aliás, a polêmica começou quando Lula tratava da nomeação dos ministros e não conseguia abrir lugar para o PSB. A solução foi tirar os portos do Ministério dos Transportes, entregue a Alfredo Nascimento, um dos principais quadros do PR.
Esse é o gargalo que o ministro Pedro Brito terá de desobstruir a custa de muito detergente. A briga promete.