Bretanha e Greenpeace apoiam o PR na luta contra os transgênicos

O Conselho Regional da Bretanha realizou um balanço da viagem ao Paraná, em agosto passado, e decidiu apoiar oficialmente a luta do Estado do Paraná contra os organismos geneticamente modificados, evitar o uso de transgênicos na merenda escolar e recomendar às empresas e criadores de animais a não usar transgênicos nas rações.

“Esta é uma iniciativa de máxima importância já que 70% da criação francesa de frango e de porcos vem da Bretanha e a ração alimentar desses animais deve conter cerca de 25% de soja transgênica”, disse Arnaud Apoteker, do Greenpeace, responsável pela campanha contra OGM na França.

Para Apoteker, “os transgênicos certamente acabam sendo consumidos pelas pessoas porque os rótulos das embalagens não indicam se a carne, o leite, os ovos são oriundos de animais alimentados por OGM”. A área da região da Bretanha representa apenas 5% do território francês, mas produz mais de 60% do que é consumido no país em termos de aves, suínos e leite.

Em agosto, a vice-governadora da Bretanha, Pascale Loget, acompanhada de Yvan Le Mevel, representante do Conselho Agrícola da Bretanha, e René Louail, representante da Confederação Campesina Francesa e coordenador da Federação Campesina Européia, veio conhecer toda a cadeia produtiva da soja no Paraná. A Bretanha, assim como o Paraná, pretende tornar-se área livre de transgênicos e encontrou no Paraná um fornecedor confiável. “Quando retornarmos para a Europa nós vamos deixar claro na França, na Alemanha, na Áustria, na Itália ou na Bélgica que o Estado do Paraná está desenvolvendo um trabalho sério e competente e que pode assegurar o fornecimento para suprir a demanda européia por soja livre de transgenia”, afirmou Pascale à época.

A França importa 5 milhões de toneladas de soja, 1 milhão de soja em grão, 4,5 milhões de farelo de soja. Quase toda a soja importada (95%) é brasileira. “Nós estamos particularmente felizes com os esforços do Paraná em tornar-se livre de OGM, especialmente no momento em que a pressão pela autorização dos transgênicos no Brasil está insuportável. Nós esperamos que esta iniciativa abra os olhos do governo brasileiro”, declarou o responsável pela campanha do Greenpeace contra as OGM no Brasil, Ventura Barbeiro.

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