Luciano Corrêa conquistou uma medalha de bronze no Mundial do Cairo, Egito, na categoria meio-pesado (-100 kg), nesta quinta-feira, no primeiro dia do programa de competições, ao derrotar o iraniano Abbas Fallah por ippon, no último instante da luta.
É a primeira medalha ganha pelo judoca, de 22 anos, em um Mundial. Luciano tinha os títulos pan-americano de judô (2005) e pan-americano júnior (2001), além do bronze ganho na Universíade (2001).
Com dificuldades para entrar no raio de ação do iraniano durante a luta, só pontuou duas vezes por punições ao adversário. Luciano estava em desvantagem por um yuko, quando foi para o ataque final ? jogou Fallah para fora da área de combate, conseguindo o golpe perfeito que valeu o bronze a 23 segundos do encerramento da luta.
Luciano venceu quatro lutas por ippon, com o esloveno Premioz Ferjan, o nigeriano Adekalun Amusa, o grego Dionysios Iliadis e o italiano Gianluca Giaccaglia, nas quatro primeiras rodadas, mas perdeu por ippon para o japonês Keiji Suzuki, campeão olímpico, na semifinal.
A pesado Priscila Marques (+78 kg) não passou da primeira rodada ? foi derrotada pela britânica Karina Bryant ? e o pesado (+100 kg) Walter Santos, após vencer o filipino Tomohiko Hoshima perdeu para o italiano Paolo Bianchessi, na segunda rodada.
Nesta sexta-feira, o Mundial decidirá os títulos dos pesos meio-médio e médio ? o Brasil tem Vânia Ishii, Márcia Vieira, Tiago Camilo e Alexsander Guedes nessas categorias.
Os leves e meios-leves lutam a primeira etapa a partir das 3h30 (horário de Brasília) deste sábado. Para os judocas que se classificarem, a segunda etapa começa às 10h30 (de Brasília, com SporTV) com a decisão das medalhas e a premiação. Pelo Brasil lutam amanhã os meio-leves Fabiane Hukuda (-52 kg) e João Derly (-66 kg) e os leves Tânia Ferreira (-57 kg) e Leandro Guilheiro (-73 kg).
O gaúcho João Derly trocou de peso após o Pan-Americano de São Domingos (2003), mas ficou fora da Olimpíada de Atenas, no ano passado ? não passou na seletiva. Tentou mudar de peso no meio do processo de escolha, mas encontrou resistência. Esse é o ano de sua volta à seleção brasileira.
"As dificuldades que tive serviram para me motivar. O importante é tirar lições do que ocorre", afirma Derly, de 24 anos, que fará sua primeira luta contra o australiano Andrea Mitterfellner. "Quero ir ao pódio, mas vou encontrar a nata do judô. É um esporte que tem seus dias tudo tem de dar certo."