Brasileira presa em Nova York nega ligação com prostituição

A capixaba Andréia Schwartz, de 31 anos, presa em Nova York por venda e posse de drogas, lavagem de dinheiro e controle de uma rede de prostitutas de luxo, negou anteontem, em entrevista aos tablóides New York Post e Daily News, que esteja envolvida em prostituição. ?Nunca recebi dinheiro em troca de sexo.? Ela justificou sua vida luxuosa dizendo que era financiada por homens generosos que lhe davam dinheiro e roupa.

Andréia aguarda audiência na cadeia de Rikers Island, no Queens, a leste da ilha de Manhattan, sem direito a fiança. A audiência será na Suprema Corte no dia 28. Além de um advogado criminal conhecido e um suposto traficante de armas, Andréia disse que teve um relacionamento de quatro anos com Wayne Pace, CEO da Time Warner, empresa que controla a Time Warner Cable, a CNN e a revista People, entre outras publicações. Pace, de 56, é casado há 35 anos e recebeu US$ 3,7 milhões no ano passado pela Time Warner. Seu advogado, Mark Pomerantz, disse que ?ele nunca teve um relacionamento impróprio com Andréia?.

A capixaba foi presa no dia 1º em seu apartamento de dois quartos num condomínio de alto padrão na esquina da Rua 58 com a Sexta Avenida, a uma quadra do Central Park. Ela teria dito a policiais à paisana que desde 2001 lucrou US$ 1,5 milhão e estava usando o dinheiro para pagar as prestações de seu apartamento estimado em US$ 1,2 milhão.

Como parte da mesma investigação, as brasileiras Marta Nogrega, de 37 anos, e Cláudia Figueira de Castro, de 27, foram presas acusadas de trabalhar para Andréia. Mas elas esperam audiência em liberdade após pagar fiança.

Segundo a polícia, Andréia e investidores italianos estavam negociando a compra de um andar inteiro de apartamentos no Hotel Plaza, prédio histórico de Nova York na Quinta Avenida, esquina com a Rua 59, que será reaberto em outubro de 2007.

?Foi por causa da quantidade de dinheiro envolvido e as acusações de posse e venda de drogas que ela não terá direito a fiança?, explica o porta-voz da Promotoria, Edson Alban. Seu apartamento e conta bancária foram congelados. Segundo a polícia os programas oferecidos por Andréia custavam de US$ 700 a US$ 1.500.

Ela supostamente mostrava fotos de suas prostitutas e oferecia cocaína a seus clientes. Prostituição é crime no Estado de Nova York, com pena de um ano. O mais grave, porém, são as acusações de venda e posse de drogas e lavagem de milhões de dólares. Nesses casos, a sentença pode variar de 15 anos a prisão perpétua. Segundo os tablóides, Andréia disse que o policial à paisana pediu que ela comprasse cocaína para ele levar a uma festa de solteiro. Ela disse que conhecia um traficante e poderia ajudar. O policial a filmou recebendo o dinheiro e entregando a droga a ele.

Paul Browne, do departamento policial de Nova York, disse ao Daily News que ?as evidências, incluindo o vídeo, falam por si só?.

Segundo o advogado dela, Andrew Hoffmann, Andréia está nos Estados Unidos há seis anos e se casou com um cidadão americano. Desde então, ela tem se interessado pelo mercado imobiliário. ?Há três anos e meio ela comprou um apartamento no Chelsea com a ajuda do marido e de um amigo. Com o lucro de sua venda ela comprou o novo na Rua 58.? Seu marido trabalha no mercado financeiro e está em Hong Kong há um ano. No dia 28, Hoffmann entrará com pedido de liberdade sob pagamento de fiança.

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