A CPI do Apagão Aéreo prossegue na tarde desta quarta-feira (25) em clima de tensão, agora com um desentendimento entre os deputados Carlos Zarattini (PT-SP) e Gustavo Fruet (PSDB-PR), porque o petista pediu que ele retirasse o pedido de abertura de inquérito disciplinar sobre o comportamento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) dentro do próprio governo, com o afastamento da direção da agência reguladora. Zarattini disse que Fruet estava agindo na ilegalidade, pois o caminho correto seria se votar uma nova legislação que permitisse aos parlamentares afastarem o presidente do órgão.
Segundo Zarattini, dois deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Ivan Valente (PSOL-SP), tinham propostas de projetos de lei que permitiriam o afastamento da direção da Anac se aprovado pelo Congresso. Fruet reagiu e explicou que seu comportamento não era de golpista, mas sim buscando o caminho da legalidade. Ao final o presidente em exercício da CPI, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), permitiu um aparte de Fruet e uma replica de Zarattini, com o ambiente voltando a se acalmar.
No seu pronunciamento, Zarattini disse que não está gostando da exploração política que se faz hoje do desastre com o avião da TAM da semana passada. Ele defendeu que a CPI deve fuja desse clima. "Nós devemos propor um plano geral para a aviação do Brasil", sustentou. Esta também foi uma idéia defendida pelo deputado Pepe Vargas (PT-RS). Ele defendeu também a reformulação da legislação da aviação no País e também reformulação da legislação que criou a Anac.
