O ministro da Educação, Abraham Weintraub, voltou a afirmar na manhã desta segunda-feira, 15, que a União não vai cobrar mensalidades nos cursos de graduação das universidades públicas. Ao lado do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, Weintraub participou de uma entrega de ônibus escolares em Florianópolis.
O ministro comentou que vai apresentar nessa semana um novo modelo de financiamento para as instituições de ensino superior federais, mas afirmou que a adesão será voluntária e que o objetivo é aumentar a “eficiência”.
Mais de dois meses após anunciar o contingenciamento no orçamento das universidades – que, conforme mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, já enfrentam dificuldades que vão desde alimentação a viagens de técnicos ou cancelamento de bolsas de estudos fora do País, o ministro destacou que todas as unidades continuam funcionando. “Passados 70 dias não tem uma universidade federal fechada. Não tem uma universidade sem luz. Não tem um refeitório, estudantes sem alimentação no bandejão. O que foi feito? Foi feito gestão”, disse.
Na semana passada, rumores sobre as mudanças no modelo do ensino superior se espalharam pela internet. O assunto ganhou repercussão após entrevista do secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Arnaldo Barbosa de Lima Júnior, ao Valor, onde afirmou que “não há cursos gratuitos”. “Os pagadores de impostos pagam por esses cursos”, disse.
Weintraub caracterizou a informação sobre cobrança de mensalidades como “fake news”. Na noite de domingo, 14, o ministro usou o Twitter para tentar acabar com os rumores. “Não há privatização alguma! Teremos um modelo moderno, que nos aproximará da Europa, Canadá, Israel, Austrália, EUA, etc. A adesão das universidades será voluntária, permitindo separar o joio do trigo…as que quiserem ficar no atual modelo, poderão ficar…”, escreveu.
Reitores de universidades e institutos federais de todo o País foram convidados para a apresentação do novo modelo de gestão, na próxima quarta-feira, 17, em Brasília.