Brasília – O delegado da Polícia Federal Antônio César Nunes disse ontem que o ex-subchefe da Casa Civil Waldomiro Diniz teve quatro encontros com dirigentes da GTech no primeiro trimestre do ano passado. O primeiro deles teria sido para apresentar o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, aos diretores da multinacional. No entanto, segundo o delegado, até agora não há nada que prove que Waldomiro tenha tido influência na renovação do contrato da Caixa com a GTech por 25 meses. “Não temos nenhuma evidência disso”, afirmou o delegado. César Nunes interrogou ontem o diretor da GTech Marcelo Rovai e o ex-presidente da empresa Antônio Carlos Lino Rocha, que deixaram a Superintendência da Polícia Federal sem falar com a imprensa. A pedido dos advogados dos dois, a Justiça decretou o sigilo dos depoimentos à PF.

A Polícia Federal (PF) fará uma devassa em todos os documentos relacionados à renegociação do contrato entre a Caixa Econômica Federal (CEF) e a empresa GTech para o fornecimento de equipamentos de loterias. O delegado que preside o inquérito, Antônio César Nunes, recebeu pareceres, notas técnicas e cópias de aditivos contratuais para ver se houve irregularidades na negociação.

Além dos documentos entregues anteontem pelo ex-vice-presidente de Logística da Caixa Mário Haag, a PF recebeu no fim da tarde de ontem outros relatórios sobre a negociação do contrato. “Vamos analisar os aditivos, como foi realizada a renovação do contrato, além de coletar pareceres técnicos sobre o assunto”, disse Nunes. Num dos pareceres da Caixa, há a confirmação que a instituição tinha como assumir o controle dos jogos de azar, até então feitos pela GTech, que renegociou o contrato por mais 25 meses, em abril de 2003.

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