Um acordo político firmado entre os líderes partidários vai acelerar a votação do processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A idéia é marcar o julgamento do caso no plenário na próxima semana. Ao desistir de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para impor a votação secreta no Conselho de Ética, Renan aceita que o voto seja aberto no colegiado e na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
As pressões do Planalto para que o clima amistoso seja retomado no Senado para facilitar as votações de interesse do governo levaram Renan a recuar da estratégia de tentar protelar o julgamento. Outro ponto que pesou no recuo foi a certeza dada ao senador pelo ministro da Defesa e ex-ministro do STF, Nelson Jobim, de que perderia no Judiciário caso entrasse com recurso contra a adoção do voto aberto no Conselho.
Os líderes vão tentar votar o caso também na CCJ, mas dificilmente haverá tempo hábil para isso. A reunião do Conselho marcada para 10 horas, deve se estender. O primeiro vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-SP), disse que assim que a CCJ encaminhar o processo ele manda publicar e em seguida encaminhará ao plenário.