As redes sociais são, definitivamente, um instrumento de mobilização em prol de causas humanitárias. A mais recente delas no Rio de Janeiro, ajuda aos moradores de Duque de Caxias (RJ) está agitando o Facebook, onde páginas foram criadas para reunir doações aos desabrigados e às famílias prejudicadas pelas consequências das fortes chuvas ocorridas na região, na semana passada.
Mantimentos, material de limpeza, água, roupas. A lista das necessidades imediatas dos moradores de Caxias é divulgadas nas páginas da internet, assim como os pontos de recolhimento das doações.
Cabe aos voluntários garantir a entrega do material a quem precisa. Esse tem sido o trabalho da dezena de voluntários que criaram a página no Facebook “Chuvas no Rio, vamos ajudar!”.
“É um desejo de ajudar. Você se sente na situação de quem está vivendo uma tristeza muito grande. Primeiro, não sabíamos muito bem o que fazer. Mas, depois, nos organizamos e a ação deu certo”, contou o músico Mu Chebabi, um dos voluntários do grupo.
A soma da capacidade de mobilização das redes sociais a ações direcionadas contribuiu, por exemplo, para que, por meio dessa página, fossem divulgadas as prioridades dos desabrigados.
“Não adianta enviar roupa velha, que deveria ir para o lixo. Isso ninguém quer. Mas sabemos que material de limpeza é mais do que bem vindo”, ressaltou Chebabi, que disponibilizou a própria casa no bairro de Botafogo, na zona sul do Rio, para que as doações fossem acumuladas e organizadas.
Na outra ponta da cidade, no bairro do Recreio, zona oeste, o designer Laudeci Pereira dos Santos participa de trabalho semelhante. Ele faz parte dos voluntários agregados pela página “Corrente do Bem”.
Neste caso, as ações ultrapassam o incidente de Caxias. O grupo atua em todas as comunidades carentes e necessitadas do Rio. “A gente se comove e o tempo disponível doamos a quem precisa. Nossos fins são só ajudar. A perspectiva é ver as pessoas felizes”, explicou.