Usadas de forma emergencial por 19 meses para evitar o colapso no abastecimento de água da região metropolitana durante a crise hídrica, as duas cotas do volume morto do Sistema Cantareira devem ser incorporadas em definitivo ao manancial, ampliando em quase 30% a capacidade operacional dos reservatórios. É o que defende o presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Jerson Kelman, em entrevista exclusiva ao Estadão.

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Polêmica, a medida pode ajudar a empresa a manter os limites pré-crise de retirada de água do sistema na renovação da outorga do Cantareira, adiada para maio de 2017, e até retardar ou evitar medidas de restrição na captação feita nas represas impostas pelos órgãos reguladores no caso de uma nova seca. “Não há nenhuma razão para você considerar o tamanho do seu reservatório menor do que na prática você pode usar”, afirma Kelman.

Segundo o executivo, “a crise demonstrou que não é desejável, mas é possível utilizar o volume morto. Portanto, em termos de disponibilidade de armazenamento, há que considerá-lo como parte do estoque.”

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