Vitória – Incêndio a ônibus, chacina de presos, fugas e rebeliões em presídios assustaram os capixabas nos últimos 15 dias e mudaram a rotina da Região Metropolitana de Vitória. A análise de boa parte das autoridades do estado indica que a situação pode ser ainda pior. Por trás dos atos de violência, estaria a ação de grupos a mando do crime organizado, que tem histórico de assassinato de autoridades e de corrupção nas instituições do Estado.
"Estamos caminhando para uma nova Colômbia", afirma o presidente da OAB no Espírito Santo, Agesandro da Costa Pereira. Foi por causa desta situação que o governador Paulo Hartung decidiu ser o primeiro a pôr em atuação a nova Força Nacional de Segurança, criada pelo governo federal para ajudar os estados a combater a criminalidade. Hartung diz que não vai ficar de braços cruzados diante dos ataques: "Nós queremos mostrar à criminalidade que aqui não é lugar dela", diz ele.
Diferentemente de seu antecessor, José Inácio Ferreira, que tentou evitar a ida de forças federais, Hartung apelou ao primeiro sinal de distúrbio na Região Metropolitana. O Exército chegou com mais de 400 homens. Em seguida desembarcou a Força Nacional, com 146 policiais de elite de seis estados treinados para enfrentar situações de crise na segurança como está vivendo o Espírito Santo.