A transmissão do zika já ocorre em todo o País. Boletim divulgado pelo Ministério da Saúde identifica a circulação do vírus também no Acre, Amapá, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Estados que até semana passada não identificavam registros de transmissão local.

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A mudança atesta a velocidade de propagação do vírus, transmitido pelo Aedes aegypti. “A transmissão ocorre numa rapidez muito maior, por exemplo, que chikungunya”, afirmou ao jornal O Estado de S.Paulo o diretor do Departamento de Vigilância em Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch.

Não há uma explicação para esse comportamento. Uma das hipóteses, no entanto, é o tipo de sintoma provocado nos pacientes, mais leve do que os da dengue e da chikungunya. “Como em alguns casos a doença não traz sintomas, pessoas infectadas se expõem mais, ficando mais suscetíveis a picadas de mosquitos”, completou o diretor. Quanto mais mosquitos contaminados, maior o potencial de propagação da doença.

Além do aumento da expansão da circulação do vírus, o boletim indica o crescimento do número de casos suspeitos de microcefalia. A má-formação pode ser provocada por inúmeras causas, como alcoolismo da gestante, problemas genéticos e infecções. Há suspeitas de que a síndrome pode também ser provocada pela infecção do feto pelo zika. Até agora, foram identificados 6.776 casos suspeitos da má-formação – 1,5% a mais do que havia sido contabilizado semana passada.

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Do total de casos registrados, 944 foram confirmados, 4% a mais do que na semana passada. O porcentual de casos suspeitos em relação ao número geral de casos registrados caiu um pouco, em relação à semana passada, mas ainda é muito significativo: 63% ainda estão em análise. No boletim anterior, o porcentual era de 64%.

O Ministério da Saúde reconhece uma lentidão na confirmação ou no descarte de casos suspeitos. Um pacote de medidas foi lançado há duas semanas para tentar acelerar a análise. Para se ter uma ideia, de outubro para cá, foram esclarecidos 2.485 casos suspeitos de microcefalia. Somente no ano passado, foram feitas 3.174 notificações. Isso indica que ainda uma boa parte dos casos registrados em 2015 segue sem definição.

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O número de óbitos aumentou: 208. Do total de mortes ocorridas logo depois do parto ou abortos, 47 tiveram a microcefalia confirmada. Outros 139 casos estão em investigação e 22 foram descartados.