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Vírus da febre amarela não circula na capital do Rio, diz secretário

Não há evidências da circulação do vírus da febre amarela na capital do Rio de Janeiro, afirmou nesta quinta-feira, 16, o secretário estadual de Saúde, Luiz Antônio Teixeira. Cinco macacos encontrados mortos em pontos de mata diferentes da cidade em outubro tiveram teste positivo feito pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará.

No entanto, novos exames, realizados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio, deram resultado negativo, informou o subsecretário de vigilância em Saúde da capital, Alexandre Schieppe. Ainda serão aplicados mais testes.

Os dois secretários deram entrevista em Casimiro de Abreu, na Baixada Litorânea, município onde foi registrada uma morte comprovadamente por febre amarela, do morador Watila Santos, de 38 anos. Um parente dele, Alessandro Valença Couto, de 37, está internado com sintomas.

Segundo os secretários, mais de 30 macacos foram encontrados mortos e testados desde então, e todos deram negativo para febre amarela.

“Na mesma leva daqueles cinco macacos, tivemos 18 negativos. Desses, sete foram positivos para herpes. As arboviroses se cruzam, então o que nós tivemos foi provavelmente resultado com falso positivo”, avaliou Schieppe.

Como exemplo desse tipo de resultado errado, ele disse que o paciente Watila Santos chegou a fazer um exame que deu positivo para dengue, doença que ele não tinha. Em ambos os casos o vetor é o mosquito.

Para as autoridades, outra evidência de que não há circulação do vírus na capital é o fato de não terem aparecido pessoas com febre amarela. Teixeira informou que a secretaria fez uma retestagem em amostras de sangue de casos inconclusivos para dengue, chikungunya e zika, realizados desde outubro, e todos deram negativos para febre amarela.

O teste do IEC foi feito pela técnica de imunohistoquímica. O da Fiocruz, pelo método de reação em cadeia da polimerase (PCR). “Além dos resultados dos exames, é preciso cruzar as informações epidemiológicas, como casos em humanos e novos casos de macacos e nada disso aconteceu”, explicou Schieppe.

Vacinação em Casimiro de Abreu

A Secretaria Estadual de Saúde está montando nesta quinta-feira um hospital de campanha em Casimiro de Abreu. A intenção do secretário municipal de Saúde, Ibson Junior, é vacinar toda a população, de cerca de 35 mil pessoas, em cinco dias. Para isso, serão usadas as 25 unidades de saúde do município, escolas municipais, estaduais e particulares, além do hospital de campanha.

Quatro parentes de Watila Santos, que moram na mesma região onde ele foi contaminado, tiveram material coletado e enviados para o Laboratório Central Noel Nutels. Eles tiveram sintomas mais brandos, como febre e dor de cabeça, e as autoridades querem saber se também foi febre amarela.

O Ministério da Saúde enviou para a região de 25 cidades onde fica Casimiro 1 milhão de doses da vacina.

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