Virgílio rejeita acordo para acelerar tramitação da CPMF

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), rejeitou qualquer tentativa do governo de fazer um acordo com a oposição que permita saltar prazos para acelerar a tramitação, na Casa, da proposta de emenda constitucional que prorroga até 2011 a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "Eu não aconselho o presidente Lula a tentar burlar nada. Isso transformaria esta Casa num Iraque, num Afeganistão", afirmou Virgílio.

A declaração foi dada em resposta à líder do PT, senadora Ideli Salvatti (SC), que afirmara que um acordo de líderes possibilitaria apressar a tramitação da proposta. O governo pretende aprovar até 20 de dezembro a emenda da CPMF para poder, legalmente, reiniciar sua cobrança em janeiro de 2008.

O líder do PSDB considerou positivo o encontro de hoje entre o presidente em exercício, José Alencar, os líderes partidários e os ministros José Gomes Temporão (Saúde) e Walfrido Mares Guia (Relações Institucionais) e os secretários-executivos do Ministério do Planejamento e do Ministério da Fazenda, respectivamente João Bernardo e Nelson Machado. Virgílio disse, porém, que o governo não apresentou nenhuma proposta concreta de redução da carga tributária e dos gastos públicos.

"Nós não convencemos eles, nem eles nos convenceram. De concreto houve apenas a abertura de um processo de conversa. Um gesto simbólico, mas, ainda assim, incipiente", comentou o líder do PSDB. Ele ressaltou que, se o Palácio do Planalto não apresentar uma proposta de redução da carga tributária, o PSDB tenderá a fechar questão contra a prorrogação da CPMF. "Se o governo entender que a CPMF tem de passar no Senado como passou na Câmara, eu recomendo que eles (governistas) continuem descendo do pedestal. Como, aliás, começaram a fazer hoje", disse Virgílio, referindo-se ao fato de Alencar e ministros terem ido ao Congresso para negociações.

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