Lideranças do PSDB admitiram nesta sexta-feira (19) a possibilidade de negociar com o governo federal a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Depois de um encontro no Palácio dos Bandeirantes, o líder da legenda no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse que seu partido está "aberto às negociações", desde que o governo federal tome a iniciativa de apresentar uma pauta mínima que inclua a redução da carga tributária, a redução dos gastos correntes e a desoneração de impostos e tributos.

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Virgílio alertou que o governo federal "já perdeu muito tempo" e que a "paciência dos tucanos em relação à carga tributária do País está se esgotando". Além disso, Virgílio destacou que sem os votos do PSDB no Senado o governo federal não conseguirá aprovar a prorrogação da CPMF. "Apenas um lembrete estatístico: sem a nossa ajuda, nunca, em matéria nenhuma, o governo obteve maioria (49 votos)", disse.

Virgílio disse também que sua legenda vai esperar a iniciativa do governo neste sentido. "Queremos aguardar as propostas do governo depois vamos elencar as nossas", disse. E ironizou: "Se o governo não quiser negociar, facilita o nosso trabalho, porque sem a nossa ajuda ele não terá os 49 votos necessários". Além de Virgílio, participaram da reunião no Palácio dos Bandeirantes os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG), o líder do PSDB na Câmara, Carlos Pannunzio, o presidente nacional da legenda, Tasso Jereissati, e o senador Sérgio Guerra (PE).

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