Violento ou não, Rio quer turistas

Rio – O aumento da violência no Rio já atingiu o mercado de turismo doméstico, embora não tenha havido ainda reflexo no número de desembarques internacionais, de acordo com o ministro do Turismo, Walfrido dos Mares GUI: "Nesse verso, a expectativa é a de que haja um aumento no número de reservas, sobretudo por causa dos turistas estrangeiros. Os brasileiros querem vir, mas têm medo de se expor aos crimes que assistem diariamente pela televisão", disse ele, ontem, no Rio.

Apesar de ressaltar que "o Rio não é a cidade mais violenta do mundo", o ministro afirmou que há "uma visível deterioração da segurança aos turistas na cidade, reveladas pelos índices recentes de criminalidade". Nos primeiros nove meses do ano aconteceram 2.553 assaltos a turistas no Rio, um crescimento de 9,6% em relação ao mesmo período de 2003, segundo as estatísticas oficiais da Secretaria de Segurança Pública do Rio.

Os últimos casos foram a morte do espanhol Juan Carlos Ronceiro, de 34 anos, baleado na nuca ao reagir a um assalto no Aterro do Flamengo, zona sul, e o roubo a um ônibus de turistas angolanos no último fim de semana. Ambos os crimes aconteceram no meio de uma operação da Secretaria de Segurança Pública do RJ para prender adolescentes infratores na orla da zona sul.

Para Mares Guia, recolher menores dos pontos turísticos é "colocar esparadrapo na ferida", mas reconheceu que o problema é complexo porque é decorrente da pobreza e de uma legislação que não se preocupa com a reeducação.

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