Violência em São Paulo faz petistas divergirem

São Paulo (AE) – Depois de gerar críticas entre governo federal e oposição, a crise de segurança pública que atingiu o Estado de São Paulo nos últimos dias começa a se transformar também em fonte de divergências dentro do PT. Enquanto parte das lideranças petistas continuam defendendo a união de forças entre os governos federal e estadual, outros já manifestam um descontentamento com a forma como a questão vem sendo conduzida e pedem uma reação mais enérgica por parte da sigla.

O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, que chegou a dizer nos últimos dias que o governo paulista preferiu negociar com o PCC em vez de aceitar ajuda federal, já se tornou alvo de críticas dentro do próprio partido. O senador Eduardo Suplicy, por exemplo, atacou hoje as afirmações de Genro e pediu que o ministro busque um diálogo com senadores do partido e com a própria oposição para amenizar os efeitos das afirmações. ?Eu acho importante o nosso ministro Tarso Genro fazer uma visita a senadores do PT e também à própria oposição, pois as declarações dele nos últimos três dias criaram uma situação em que a oposição diz que não haverá votação?, disse Suplicy.

Genro, por sua vez, voltou a dizer que não vê motivos para se retratar pelas declarações que fez nos últimos dias e reiterou que as críticas que fez foram ?institucionais e respeitosas?. ?Se me apontarem algum tipo de ofensa pessoal que eu tenha cometido eu saberei assumir?, disse o ministro, voltando a afirmar que o necessário no atual momento é ?buscar relações de cooperação?. Mesmo assim, Genro deixou claro que o governo federal não assumirá a culpa pelos problemas ocorridos em São Paulo. ?A união não aceita essa transferência de responsabilidade.?

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo