O ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, voltou a dizer que a violência no Brasil é uma ameaça à democracia e que a integração entre os aparatos de segurança estaduais e o recém-criado Ministério da Segurança Pública serão a palavra-chave no combate a este problema.

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Jungmann lembrou do episódio de 2016, quando, então ministro da Defesa, foi chamado ao Maranhão para ajudar na realização das eleições municipais. “O crime que estava nas cadeias deu um salve de que não iria ter eleições, e começaram a queimar escolas. Então por aí você tem o desafio que um crime que se nacionaliza e se transnacionaliza, traz para a própria democracia”, disse o ministro, que participou nesta terça-feira, 6, de uma feira de segurança e se encontrou com os chefes das Polícias Militares estaduais em São Paulo.

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Jungmann salientou também que o trabalho conjunto entre as forças estaduais e o governo federal vai permitir que seja possível fazer mais pela segurança mesmo em um momento de crise das finanças públicas brasileiras. “É claro que virão recursos novos, mas sempre é possível fazer mais gastando melhor”, disse, lembrando ainda que o BNDES deve disponibilizar R$ 42 bilhões nos próximos cinco anos para Estados e municípios investirem na área.