Violência do Rio mata 8 vezes mais que guerra, diz estudo

O número de mortes de menores de 18 anos provocadas por arma de fogo no Estado do Rio de Janeiro é maior do que em algumas regiões do mundo que satisfazem a definição tradicional de “conflito armado” ou “guerra”. Essa foi uma das conclusões da pesquisa “Crianças Combatentes em Violência Armada Organizada: um estudo de crianças e adolescentes envolvidos nas disputas territoriais das facções de drogas no Rio de Janeiro”, realizada pelo Iser (Instituto de Estudos da Religião), com apoio do Viva Rio.

O conflito armado entre Israel e Palestina, por exemplo, matou 467 menores entre dezembro de 1987 e novembro de 2001, enquanto que no mesmo período, apenas no município do Rio, morreram 3937 menores por ferimentos à bala.

O estudo mostrou também que as estatísticas de homicídios no Rio de Janeiro são maiores do que em estados americanos com gangues e tráfico intenso, como Nova York, Washington e Califórnia. O número absoluto de homicídios por arma de fogo registrados no Rio é também superior ao de países que vivem ou viveram recentemente conflitos militares, como Israel, Colômbia, Serra Leoa e Iugoslávia. Outra revelação do trabalho diz respeito às semelhanças entre a vida de crianças das facções de drogas no Rio de Janeiro e crianças que vivem em guerra, conhecidas tradicionalmente como “crianças soldados”. Daí surgiu o conceito “crianças combatentes”, usado na pesquisa para identificar os menores empregados nas facções hierarquicamente estruturadas do tráfico de drogas nas favelas cariocas.

A pesquisa, coordenada pelo antropólogo Luke Dowdney, foi apresentada recentemente durante o Seminário Crianças Afetadas pela Violência Armada, que reuniu no Rio de Janeiro especialistas nacionais e internacionais na área de crianças em risco e violência armada.

O número de mortes de menores de 18 anos provocadas por arma de fogo no Estado do Rio de Janeiro é maior do que em algumas regiões do mundo que satisfazem a definição tradicional de “conflito armado” ou “guerra”. Essa foi uma das conclusões da pesquisa “Crianças Combatentes em Violência Armada Organizada: um estudo de crianças e adolescentes envolvidos nas disputas territoriais das facções de drogas no Rio de Janeiro”, realizada pelo Iser (Instituto de Estudos da Religião), com apoio do Viva Rio.

O conflito armado entre Israel e Palestina, por exemplo, matou 467 menores entre dezembro de 1987 e novembro de 2001, enquanto que no mesmo período, apenas no município do Rio, morreram 3937 menores por ferimentos à bala.

O estudo mostrou também que as estatísticas de homicídios no Rio de Janeiro são maiores do que em estados americanos com gangues e tráfico intenso, como Nova York, Washington e Califórnia. O número absoluto de homicídios por arma de fogo registrados no Rio é também superior ao de países que vivem ou viveram recentemente conflitos militares, como Israel, Colômbia, Serra Leoa e Iugoslávia. Outra revelação do trabalho diz respeito às semelhanças entre a vida de crianças das facções de drogas no Rio de Janeiro e crianças que vivem em guerra, conhecidas tradicionalmente como “crianças soldados”. Daí surgiu o conceito “crianças combatentes”, usado na pesquisa para identificar os menores empregados nas facções hierarquicamente estruturadas do tráfico de drogas nas favelas cariocas.

A pesquisa, coordenada pelo antropólogo Luke Dowdney, foi apresentada recentemente durante o Seminário Crianças Afetadas pela Violência Armada, que reuniu no Rio de Janeiro especialistas nacionais e internacionais na área de crianças em risco e violência armada. (Agência Carta Maior)

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