Vigilância proíbe remédio contra acne

A comercialização do medicamento genérico Isotretinoína, do laboratório Rambax, está proibida desde o último dia 10. O remédio, usado para combater a acne, não foi aprovado pela análise farmacológica feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em Natal, no Rio Grande do Norte, um adolescente de 17 anos que usou a droga foi acometido por um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e teve parte do corpo paralisado.

A resolução 2.339, da Anvisa, não especifica o motivo da reprovação do medicamento, mas a hipótese mais provável é a falta de um rígido controle de qualidade. O adolescente Arthur Diego Oliveira, 17 anos, foi a primeira vítima do genérico isotretinoína, produzido pelo laboratório indiano Rambax.

Em meados de junho deste ano, o menino começou o tratamento contra a acne. Depois de tomar oito comprimidos, o equivalente a apenas três dias de medicação, Arthur Oliveira começou a se sentir mal, teve tontura e dor de cabeça. Seu pai o levou para o hospital e no meio do caminho o jovem avisou que metade de seu corpo estava paralisado.

Quando chegou ao pronto-socorro da Casa de Saúde São Lucas os médicos diagnosticaram o AVC. A bula não faz nenhuma menção a esse tipo de reação. Diz apenas que os pacientes que estiverem em tratamento não devem engravidar e que as contra-indicações se limitam a dores musculares, nas articulações e dores de cabeça.

O Roacutan, fabricado pela Roche com o mesmo princípio ativo, continua autorizado.

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