Os 144 casos confirmados de leptospirose, os 460 que estão sob investigação e os 997 suspeitos já estabeleceram um recorde no Estado de Santa Catarina, conforme o último relatório da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive-SC). Porém, mesmo estando os números além de qualquer registro anterior, a incidência decorrente da enchente que atingiu principalmente o vale do rio Itajaí não se configura, preliminarmente, numa epidemia, a partir do diagrama de controle estabelecido pelo órgão.

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“Considerando casos de cidades que têm números absolutos, podemos qualificar como um surto”, disse a gerente de vigilância em zoonoses Suzana Zeccer. Ela cita o exemplo do município de Itajaí, que de 22 de novembro até o último dia 16 teve 26 casos confirmados, sendo que 161 estão sob investigação e 286 na condição de suspeitos. A enchente provocou alagamento em 80% das casas da cidade.

Blumenau vem em segundo com 24 casos confirmados, 76 sob investigação e 167 suspeitos. Outras 30 cidades, entre elas Joinville – 14 casos confirmados e 117 suspeitos -, figuram no diagrama de controle. Os números tendem a aumentar já que o período de incubação da bactéria leptospira é de um a 30 dias.

A bactéria, segundo informou Suzana Zeccer, se concentra principalmente na lama, sendo obrigatória a utilização de botas ou galochas e até mesmo sacos plásticos, preferencialmente duplos. No Brasil, anualmente, são notificados mais de quatro mil casos de leptospirose, sendo que o índice de mortalidade é de cerca de 12%, segundo o Ministério da Saúde.

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