A Embaixada do Irã em Brasília negou ontem que tenha censurado os livros do escritor brasileiro Paulo Coelho. A censura teria sido feita à editora, e não aos livros do brasileiro, informaram diplomatas iranianos. O que significa que o escritor pode continuar publicando no Irã, mas teria de trocar de editora. Em nota, a diplomacia iraniana acusou os Estados Unidos e Israel, associados com o editor do escritor brasileiro, Arash Hejazi, de tentar “manchar a imagem do Irã” e prejudicar as “relações sinceras entre Brasil e Irã”.
“Infelizmente, essa notícia foi criada e planejada por Arash Hejazi com a colaboração e orientação de agentes dos Estados Unidos e Israel, em consonância com um plano global com o intuito de manchar a imagem do Irã, cujo aproveitamento político busca falsificar a verdade”, diz a nota, acrescentando eles conseguiram “se juntar a autoridades e personalidades nesta armadilha”.
A informação de que os livros de Paulo Coelho tinham sido proibidos pelo Ministério da Cultura e Orientação Islâmica foi repassada ao escritor por Hejazi no início da semana. Em seu blog, Coelho reagiu ao que chamou de censura, disse esperar que fosse um mal-entendido e acionou o Itamaraty.