Vereador Uoston acusa oposição de agressão

O vereador Prof. Uóston (PMDB) afirmou que as agressões de manifestantes contra ele e Chiquinho Brazão (PMDB) na quinta-feira, 15, foram articuladas pelos oito vereadores que se opõem à composição da CPI dos Ônibus. Eles, são, respectivamente, relator e presidente da comissão de investigação. Ao deixarem a Câmara Municipal do Rio após uma reunião da CPI, Uóston foi atingido por um ovo e Brazão foi cercado por um grupo.

“Tenho certeza que as agressões são articuladas pelos vereadores de oposição, como o Eliomar Coelho e a Tereza Bergher que, mesmo sendo do PSDB, é contra a CPI”, declarou Uóston. “Os assessores deles orquestram tudo isso. Essa manifestação agora tem cunho eleitoral.” O parlamentar também acusou o vereador Renato Cinco (PSOL) de se juntar aos manifestantes e gritar palavras de ordem. “Não nego, incito sim as manifestações populares, mas sou contra qualquer tipo de agressão”, respondeu Cinco.

Prof. Uóston disse que o proponente da investigação, o vereador Eliomar Coelho (PSOL), que exige presidir a comissão e a renúncia dos quatro membros que não assinaram seu requerimento, está fugindo da CPI. “Todo dia ele cria um caso e chama a imprensa. Ele não tem direito de criticar as decisões da reunião”, comentou Uóston, em referência à sessão entre os membros da CPI realizada na quinta-feira e da qual Coelho se recusou a participar por ser fechada para o público.

 

Prof Uóston também respondeu às acusações de Coelho em relação a ele e os outros membros da CPI – Renato Moura (PTC), Jorginho da SOS (PMDB) e Brazão – terem votado a favor da redução do ISS para as empresas de ônibus para 0,01%, em 2010. “O objetivo era subsidiar a passagem do ônibus para diminuir a tarifa e a implantação efetiva do Bilhete Único.”

 

O peemedebista disse, ainda, que o próprio Eliomar Coelho criou um Projeto de Lei, em 1989, que dava remissão das dívidas de ISS do ano inteiro para as empresas de ônibus. “Isso não é verdade; eu o desafio a apresentar provas”, rebateu o vereador do PSOL, que também disse que o grupo não tem relação com os manifestantes agressores. “É uma burrice atrás da outra. Até parece que temos essa capacidade de articular coisas.”

A afirmação de Uóston também foi repudiada por Tereza Bergher: “É uma declaração completamente irresponsável e, se ele insistir nela, vou processá-lo. Sou radicalmente contra todo tipo de violência a qualquer um que seja. Mas não posso me silenciar diante de uma CPI que já começou como uma grande pizza.”

Os vereadores de oposição agora questionam a proporcionalidade usada na composição da CPI. Dos cinco membros da comissão, apenas Eliomar Coelho não é da base do prefeito Eduardo Paes. “Não há dúvidas que não foi respeitado o direito de minorias e, se a Mesa Diretora insistir nisso, nós vamos acionar judicialmente”, ressaltou Tereza Bergher. Dez pessoas continuam ocupando a Câmara desde sexta-feira, 9. Os manifestantes protocolaram um pedido de autorização para que o grupo possa ser substituído.

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