O verão, que começou às 3h30 de hoje, será marcado pela influência do fenômeno La Niña, caracterizado pelo esfriamento anômalo das águas superficiais do Pacífico Equatorial, favorecendo as chuvas no centro e norte do Brasil, que estão associadas com a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS).
Em razão do La Niña, é comum que no início do verão a ZCAS atue mais no centro e norte do país, deslocando-se gradativamente para o sul, chegando a São Paulo entre os meses de janeiro, fevereiro e início de março. Segundo os meteorologistas do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura, neste período ainda é possível observar chuvas irregulares, alternando meses mais secos com mais chuvosos, estes últimos associados a eventos de ZCAS sobre o estado paulista.
“Outra característica dos anos que sofrem influência do La Niña é que a estação chuvosa não se prolonga muito, e as chuvas devem começar a perder a regularidade já no início do outono”, explica o meteorologista Michael Pantera.
A ZCAS tem causado muita chuva entre a Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, onde os sistemas frontais estão atuando com maior intensidade. Em São Paulo, o sol e temperaturas em elevação predominam e as chuvas vêm sendo observadas na forma de pancadas rápidas e isoladas associadas ao calor das tardes, ou de forma mais generalizada, por consequência da passagem das frentes frias.
O mês de janeiro ainda pode começar com poucas chuvas, mas até o final do mês esperam-se acumulados em torno ou um pouco abaixo da média. Fevereiro, que já é um mês chuvoso, pode terminar com precipitação um pouco acima da média, já que a ZCAS deve atuar com mais frequência sobre São Paulo. Já o mês de março ainda pode iniciar com as famosas “águas de março” fechando o verão, entretanto esta condição não deve perdurar até o final do mês.