A ventania que atingiu cidades do Espírito Santo, principalmente a Grande Vitória, causou uma morte e deixou mais de 10 feridos. Adão Quirino, sargento reformado da Polícia Militar de Minas Gerais, de 48 anos, morreu após o barco em que estava, em Aracruz, litoral do norte do Estado, ter sido virado pelas ondas. O aposentado Ednaldo Cabral, de 56 anos, também estava na embarcação. Os dois tentaram se salvar nadando, mas Adão não resistiu e morreu de hipotermia. O aposentado chegou à costa de Aracruz após nadar por 13 horas.
Com ventos que chegaram até 120km/h, registrado na ponte que liga Vitória à Vila Velha, o fenômeno durou pouco mais de 30 minutos, mas os prejuízos foram diversos, desde árvores arrancadas pela raiz até casas destelhadas, placas, muros e carros danificados.
O fenômeno climático, chamado frente de rajada, é uma mudança repentina na direção e intensidade dos ventos e, segundo o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), era esperado para a tarde desta segunda-feira, mas não nesta intensidade. As rajadas mais fortes, em solo, foram registradas no sul do Estado, em Presidente Kennedy. Já na capital, a máxima foi de 76km/h.
Serviços de energia elétrica e fornecimento de água também foram prejudicados com a ventania. Mais de seis bairros ficaram parcialmente sem energia na Grande Vitória. Quatro ônibus que se encontravam no pátio do Terminal de Itaparica, em Vila Velha, foram atingidos pela cobertura do local, que cedeu com os fortes ventos. Houve mais de 360 pedidos de socorro atendidos pela Defesa Civil Estadual.