A indústria de medicamentos genéricos anunciou ontem um crescimento de 19% do total de unidades vendidas em 2009 em relação ao ano anterior, além de um incremento de 24% no valor das vendas, que somaram R$ 3,6 bilhões. O aumento das unidades comercializadas é 2,3 vezes maior que a média do setor farmacêutico em 2009.

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Além disso, a patente de oito drogas vencem neste ano e elas poderão ser copiadas e comercializadas por valores, em média, 45% mais baixos, caso não haja decisões judiciais que impeçam isso, informou o setor. É o caso do Viagra (sildenafil), droga contra a disfunção erétil, e cuja patente também vence neste ano. Porém, ele não será copiado enquanto for mantida decisão judicial que estendeu sua patente até 2011.

“Estamos de mãos atadas. Ninguém lança uma cópia enquanto não tiver a segurança jurídica”, afirmou ontem Odnir Finotti, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos).

Os genéricos brasileiros, que no ano passado completaram dez anos de regulamentação, têm hoje 19,4% do mercado farmacêutico, contra 17% em 2008, um desempenho considerado bom pelo setor, mas tímido se comparado ao de outros países, reconhece Finotti. “Nos EUA chega a 70%. O nosso mercado está bem distante”.

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O porcentual também ainda está longe da meta do programa Mais Saúde, o chamado PAC da Saúde, prioridades do Ministério para a área e que estimou que os genéricos deveriam abocanhar 30% do mercado até 2012. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.