Taxa de pirataria no País superou |
São Paulo – O Brasil ficou em 2004 entre os dez países em que a participação de CDs pirateados vendidos atingiu níveis inaceitáveis, exigindo ações governamentais de urgência para evitar a ilegalidade.
Segundo estudo divulgado ontem, em Madri (Espanha) pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês), a taxa de pirataria no País superou as vendas de cópias legais e atingiu 52% do total, mesmo com uma recuperação parcial do mercado nacional. Em todo o mundo, a pirataria musical de CDs aumentou 2% e atingiu 1,2 bilhões de discos em 2004 (34% do total), o que representou o menor nível de crescimento anual em cinco anos, porém quase o dobro da quantidade de discos piratas registrados no ano 2000.
A IFPI destaca que a quantidade pirateada permite chegar a constatação de que um em cada três discos musicais vendidos no mundo é ilegal, o que corresponde a um valor de mercado de US$ 4,6 bilhões em 2004, ante US$ 4,5 bilhões no ano anterior.
Segundo o relatório, as vendas ilegais ultrapassaram as vendas legais em 31 países, sendo que o Paraguai liderou o ranking de pirataria inaceitável, com a taxa de 99% dos CDs pirateados. Na seqüência, apareceram, entre os países onde a IFPI recomenda prioridade no combate à pirataria, a China (85% de CDs piratas), Indonésia (80%), Ucrânia (68%), Rússia (66%), México (60%), Paquistão (59%), Índia (56%), Brasil (52%) e Espanha (24%).
A China é o maior mercado pirata do mundo e é seguida pela Rússia. O mercado espanhol, apesar de ficar em um nível bem abaixo dos demais entre os CDs pirateados, constatou encolhimento de um terço nos últimos cinco anos, sendo que a pirataria de CD-R nas ruas, conforme o estudo, é ?desenfreada?.
Na Bulgária, Canadá, Coréia do Sul e Taiwan, a pirataria, tanto de unidades físicas como as violações cometidas pela internet, constituem um foco especial para a indústria fonográfica internacional.
O relatório aponta que os esforços da indústria na luta contra a pirataria, respaldados pelas atividades judiciais e pelo trabalho desenvolvido junto a agências, como a Interpol, contribuíram para a apreensão de linhas de fábricas de CD com capacidade de fornecimento de 380 milhões de discos.