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Velocidade de carros teve queda de até 81% após queda de viaduto

A velocidade média dos automóveis que circulam pela Marginal do Pinheiros, zona oeste da capital, chegou a cair 81%, em alguns trechos, em relação ao que era antes do rompimento do viaduto da pista expressa da via, sentido Castello Branco, em 15 de novembro. Na época, os impactos foram vistos em toda a cidade: as viagens ficaram cerca de 4% mais demoradas, na média geral, do que duravam antes do acidente.

Os dados constam em estudo preliminar da empresa de aplicativo de transportes 99. A companhia fez uma análise das informações coletadas do telefone e do GPS dos usuários do app antes e depois do acidente, com informações de origem e destino, rotas e velocidade desenvolvida em cada trajeto. A coleta é feita de forma anônima, sem expor detalhes dos passageiros dos aplicativos, segundo a empresa.

Na Marginal do Pinheiros, no horário de pico da tarde (das 17 às 20 horas), uma análise feita em 7 de novembro, a quarta-feira antes do acidente, apontou que o trecho da pista sentido Interlagos que compreende o Jockey Club tinha velocidade média de 26,57 km/h.

Na contagem seguinte, feita em 21 de novembro, a quarta-feira após o ocorrido, neste mesmo trecho, a velocidade média foi de 4,99 km/h – a mesma alcançada por uma pessoa a pé. Já na pista sentido Castello Branco, na altura do Parque Villa-Lobos, a redução foi para quase metade da velocidade anterior – de 39,44 km/h para 15 km/h.

A 99 observou ainda o trânsito na cidade como um todo. A Vila Leopoldina, perto do viaduto que cedeu, foi o destino de viagens que mais piorou. Os trajetos que tiveram o bairro como destino ficaram 14% mais demoradas. Depois, vem a Casa Verde, na zona norte, com 13% de piora, e a Barra Funda, com 11%.

“Quando o sistema viário estratégico é afetado, o congestionamento é repassado para toda a cidade. Se é em uma via qualquer, só o entorno é afetado. Isso que aconteceu era esperado”, disse Sergio Ejzenberg, engenheiro e mestre em transportes.

A representante comercial Maria Emília Rocha, de 43 anos, que mora perto da Vila Leopoldina, viu mudança nos picos. “Antes, o trânsito maior era para eu ir ao trabalho (zona sul). A volta era mais tranquila, contrafluxo. Demorava 10 minutos a menos. Agora o trânsito também é forte na volta. Gasto 50 minutos para ir e para voltar.”

Medidas

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) disse, por nota, que “desconhece a metodologia da pesquisa” e que, por isso, “não é possível comentar o resultado”. Destacou que, para reduzir impactos, criou novas alças de acesso da pista expressa para a pista local da marginal, de forma que um trecho de “apenas 2,9 km da pista expressa continuam totalmente bloqueados no sentido Castello Branco”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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