São José do Rio Preto – O papa João Paulo II vai confirmar, até março, um milagre realizado no interior de São Paulo por intercessão do padre agostiniano Mariano de La Mata Aparício, em 1996. Até outubro, o padre, que morreu em 1983, será beatificado. A Congregação das Causas dos Santos, no Vaticano, já reconheceu a graça. Ele será o quarto beato do País. O milagre aconteceu quando o estudante João Paulo Polotto, de 14 anos, foi curado, sem cirurgia, de um traumatismo encefálico grave e paralisia do lado esquerdo do corpo. Polotto foi atropelado por um caminhão em 26 de abril de 1996. Ele foi internado em estado grave, ficando na unidade de tratamento intensivo de Jaú e e no Hospital Santa Helena, em Rio Preto. Em maio, estava curado e sem seqüelas. O médico e avô de Polotto, Gilberto Lopes da Silva Jr., acompanhou o caso e não acreditava na recuperação. "A chance de vida era pequena, principalmente sem seqüelas. Presenciei o quadro na fase aguda, foram três faturas no crânio e ele se recuperou prontamente. A medicina não pode negar a força da prece", afirmou. Depois do acidente, o padre Abelardo Rico, acompanhante da excursão, entrou em contato com o diretor do colégio, padre Luiz Miguel, que invocou a ajuda de Aparício. Em 1997, a Ordem de Santo Agostinho do Brasil fez um relatório e o encaminhou ao Vaticano. O Tribunal Eclesiástico Diocesano concluiu: a cura não poderia ser explicada pela ciência. O padre agostiniano nasceu na Espanha, mas viveu 51 anos no Brasil.
