A Vale decidiu paralisar a disposição de rejeitos na barragem Itabiraçu, no Complexo de Itabira, em Minas Gerais. Segundo a mineradora, durante a paralisação, a barragem adotará o protocolo de emergência Nível 1, de acordo com os parâmetros da Agência Nacional de Mineração (ANM), sem a necessidade de evacuação da população na região.
Em fato relevante, a Vale afirma que a barragem teve sua Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) emitida no último dia 30 de setembro, e ela ainda está válida. Mas a decisão de interromper a disposição de rejeitos partiu da própria empresa, em acordo com órgãos de fiscalização, para que sejam feitos estudos complementares sobre as características geotécnicas da barragem. Estes estudos serão feitos por uma empresa contratada pela Vale, durante 30 dias.
A mineradora informa ainda que o impacto da paralisação da barragem, que recebe rejeitos da mina de Conceição, ficará limitado a 2019 com cerca de 1,2 milhão de toneladas. Isso porque o plano de produção de 2020 já previa a interrupção momentânea da barragem durante a maior parte do próximo ano. “Deste modo o plano de retomada da produção paralisada de aproximadamente 50 Mt permanece inalterado, conforme apresentado no Relatório de Produção e Vendas do 3T19”, diz a Vale no documento.
A mineradora reafirmou ainda o guidance de vendas de minério de ferro e pelotas entre 307 e 332 milhões de toneladas. Mas, com a paralisação de Itabiruçu e a revisão do plano de vendas, a Vale espera que as vendas fiquem entre o piso e o centro da faixa projetada.