Vale do Ribeira espera ajuda um mês após enchente

Um mês após a enchente que assolou o Vale do Ribeira, as seis cidades mais atingidas continuam à espera de ajuda dos governos estadual e federal para recuperar os danos.

Casas, pontes, ruas, estradas e escolas arruinadas pela cheia do rio Ribeira de Iguape ainda não foram reconstruídas ou reparadas por falta de dinheiro. “Peço à nossa população que tenha paciência, pois ainda não recebemos nenhum recurso emergencial até o momento”, reclamou o prefeito de Eldorado, Donizete Antonio de Oliveira (PTB).

A cidade foi a mais atingida pela enchente e chegou a ter 8,2 mil desabrigados. Muitas famílias ainda não voltaram para casa e estão abrigadas com parentes. Das 3.500 casas alcançadas pelas águas, pelo menos 350 sofreram danos.

Das 34 escolas, 12 ainda apresentam problemas, assim como os quatro postos de saúde atingidos pelas águas. Precisam ainda ser reparados 326 km de estradas rurais, 32 pontes e 34,4 mil m2 de vias urbanas danificadas.

“Até agora recebemos 600 cestas básicas, 600 colchões, água, material de limpeza e uma máquina carregadeira. Estamos aguardando outras máquinas para reparar estradas, mas ainda não chegaram”, disse o prefeito.

Oliveira fez parte de uma comitiva que esteve na semana passada em Brasília em busca de ajuda. Os seis prefeitos passaram pelos ministérios das Cidades, Saúde, Infraestrutura e Educação, mas só receberam promessa de apoio material e financeiro.

A prefeita de Sete Barras, Nilce Miashita (PR), pediu recursos para a reforma de uma escola afetada pelas cheias. A prefeita de Registro, Sandra Kennedy (PT) também foi a São Paulo pedir verba ao governo estadual para a construção de uma ponte na Vila São Francisco, atingida pela enchente. “Faz dois anos que estamos pedindo essa ponte”, afirmou.

A prefeitura de Ribeira espera recursos para a compra de materiais de construção para a recuperação de moradias danificadas. Os municípios de Iporanga e Jacupiranga esperam verbas para recuperar vias urbanas destruídas pela enchente, além de pontes avariadas.

A Defesa Civil informou que, no caso de Eldorado, houve necessidade de fazer ajustes no documento de avaliação dos danos, o que atrasou o reconhecimento do estado de calamidade pública.

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