O gerente-geral de gestão de energia da Companhia Vale do Rio Doce, Ricardo Batista Mendes, disse que, entre os projetos da empresa na área energética, está uma térmica a carvão de 600 megawatts (MW) a ser instalada em Barcarena, no Pará. Mendes, no entanto, não quis detalhar o projeto em entrevista após apresentação no seminário "O desafio da energia", na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
Segundo Mendes, o crescimento de 4% no Brasil ao ano exigiria um aporte adicional de 2.000 MW médios a cada ano e essa oferta depende atualmente dos projetos de gás das termelétricas, da aprovação de construção de hidrelétricas e nas usinas do Proinfa (fontes alternativas), que ainda estão atrasadas.
Segundo ele, a plena realização desses projetos em curso garante o suprimento adequado após 2010, mas após esse prazo será preciso buscar novas alternativas. Ele listou como principais dificuldades dos projetos hidrelétricos a realocação de populações, a mobilização crescente de organizações ambientais e comunitárias, a complexidade do licenciamento ambiental e os altos custos de transmissão.
Apesar desses problemas, o executivo da Vale e os demais participantes do seminário concordam que a hidreletricidade é a principal vocação do Brasil no setor energético.
