| Ricardo Stuckert |
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| Lula vive alguns minutos como |
São Carlos – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi vaiado ontem por estudantes que gritavam "abaixo a repressão" ao chegar na sede onde está sendo construído o hospital-escola municipal de São Carlos. Lula participou da concretagem de um dos pilares do hospital, orçado em R$ 8,6 milhões. O hospital terá 40 leitos e vai suprir parte do déficit na cidade que é de 220 leitos. Depois, o presidente seguiu para a empresa Tecumseh onde participou de uma solenidade de ampliação da empresa. Em seguida ele foi para Araraquara.
Apesar das vaias, Lula estava otimista e afirmou que o Brasil está próximo de viver sua melhor fase no mercado externo. Segundo o presidente, o país é responsável atualmente por 1,12% de todos os produtos comercializados no mundo. De acordo com o presidente, na década de 70, a melhor participação do Brasil chegou a 1,2%, mas houve uma queda e passou para 0,70%. "E, nesses dois anos de governo, nós já estamos a 1,12%, ou seja, estamos chegando perto do melhor momento do Brasil, hoje, com a China tomando conta de uma grande parte do comércio mundial", ressaltou.
Lula destacou que o governo adotou a política de investir tanto nas exportações quanto no mercado interno para que o empresariado possa investir tranqüilo. "Nós decidimos que não é incompatível você exportar e crescer internamente". Ele informou que os produtos manufaturados representaram mais da metade das exportações em 2004.
Ensino
Lula voltou a afirmar que uma das prioridades de seu governo é investir no ensino superior do país. O presidente destacou a criação de quatro universidades federais e 13 centros universitários em regiões que não contam com instituições de ensino superior, como o Vale do Jequitinhonha (MG) e sua cidade natal Garanhuns, que fica no sertão de Pernambuco.
Segundo Lula, o Brasil não pode continuar sendo apenas um país exportador de matéria-prima. "Nós queremos exportar inteligência. Queremos exportar conhecimento. Queremos exportar valor agregado. E se a gente não investir nas universidades, desde a formação dos profissionais, para que os alunos das universidades saiam preparados, não apenas para o mercado de trabalho, mas saiam preparados para ajudar a construir uma nação mais forte e soberana".
O presidente agradeceu também o apoio de 27 reitores das universidades federais do país ao anteprojeto da reforma universitária. Ele lembrou os bons resultados obtidos pelo governo até agora. "Quisera Deus que o Brasil tivesse crescido nos últimos 10 anos o que cresceu nos nossos dois primeiros anos. E certamente, o Brasil vai continuar crescendo e nós vamos continuar investindo. E certamente essas crianças terão um futuro muito melhor do que aquele futuro que nós recebemos dos nossos pais", disse. De acordo com o ministro da Saúde, Humberto Costa, o hospital ficará pronto em 2007 e terá 200 leitos. O governo federal já liberou R$ 1,2 milhão para as obras.
