Três civis brasileiros morreram com o terremoto de 7 graus da Escala Richter que arrasou o Haiti na terça-feira da semana passada, informou o Ministério das Relações Exteriores. Duas das vítimas são a médica Zilda Arns Neumann, coordenadora internacional da Pastoral da Criança, e Luiz Carlos da Costa, chefe-adjunto civil da missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no país caribenho. O terceiro civil não foi identificado. Com mais 17 militares, chega a 20 o total de brasileiros que perderam a vida na tragédia.
Segundo o ministério, foram recebidas no Núcleo de Assistência a Brasileiros (NAB) e no Plantão da Subsecretaria-Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior (SGEB) cerca de 740 chamadas telefônicas com consultas relativas à situação no Haiti desde a ocorrência do tremor. Foram 400 na quarta-feira da semana passada, por volta de 100 no dia seguinte, 150 na sexta-feira, 50 durante o fim de semana e 40 na segunda-feira.
Nos primeiros dias, predominavam consultas de parentes e amigos pela localização de brasileiros no país atingido pelo terremoto. No total, foram feitos pedidos de localização referentes a 399 pessoas, entre civis e militares.
Destas solicitações, 119 referem-se a civis, entre eles funcionários de organizações não-governamentais (ONGs), da ONU, de pesquisadores de universidades brasileiras, de religiosos e de funcionários de empresas privadas. Dos 119 pedidos, foram prestadas informações, até a manhã de ontem, sobre 117 pessoas, informou o Itamaraty. Ainda segundo o ministério, cerca de 20 brasileiros já foram repatriados.