São Paulo – Um produto desenvolvido por pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), poderá ajudar mais de 5 milhões de brasileiros que sofrem de feridas crônicas, principalmente os portadores de diabetes. Em julho, começará a produção em escala piloto do curativo de látex de seringueira, cujo efeito cicatrizante foi demonstrado numa pesquisa que durou dez anos e despertou o interesse da iniciativa privada. A fabricação será na empresa Pele Nova Biotecnologia, localizada em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

O produto já é chamado de “o curativo do século 21”. Segundo o pesquisador Joaquim Coutinho Netto, do Departamento de Bioquímica e Imunologia da faculdade, os produtos disponíveis atualmente apenas mantêm a ferida em boas condições para que o próprio organismo faça a cicatrização. O novo curativo acelera esse processo. Os pesquisadores ainda não sabem qual é a substância presente no látex responsável por acelerar a cicatrização. Identificaram apenas que a substância tem propriedades da angiogênese, que estimula a formação de vasos sanguíneos e que acelera o processo da cicatrização.

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