USP aponta que 73% dos alunos ingerem iodo demais

Não bastasse a obesidade, os problemas cardíacos e o risco de diabete, a alimentação desequilibrada de crianças e adolescentes tem levado também a uma ingestão excessiva de iodo, o que, a médio e longo prazo, pode provocar o aumento de doenças relacionadas com a tireóide e a hipertensão. A conclusão aparece num levantamento feito na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) que revelou que 73% dos estudantes do Estado apresentam concentrações da substância no organismo em índices acima do normal

O iodo é uma substância essencial para o organismo e que obrigatoriamente é adicionada ao sal comercializado no País, em quantidades estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A medida, adotada há cerca de dez anos, serviu para sanar uma deficiência da substância na população brasileira. Assim como o excesso de iodo é prejudicial à saúde, sua falta pode levar a problemas graves, entre eles, de desenvolvimento mental

?Há cerca de dez anos começaram a aparecer na literatura internacional registros de aumento de doenças tireoidianas, relacionando-as com alta dosagem de iodo. No Brasil, ainda não tínhamos nenhum estudo do tipo, e foi nesse período que o sal iodado começou a ser vendido?, explica a autora da pesquisa, a endocrinologista Glaucia Cruzes Duarte. ?Depois do .

Com autorização da Secretaria da Educação, foram selecionados 964 alunos do ensino fundamental entre 6 e 14 anos – 484 meninas e 480 meninos, numa amostragem representativa da faixa etária. Todos eles passaram por um exame da tireóide, tiveram sua coleta de urina analisada pelo Instituto Adolfo Lutz (para ver a quantidade de iodo liberado) e levaram para os pesquisadores um pouco do sal consumido em suas casas – material que também foi estudado nos laboratórios do Senai.

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