Em crise

USP abre sindicância para investigar gastos com salários

A Universidade de São Paulo (USP) instalou uma sindicância para investigar o aumento nos gastos da instituição com salários entre 2009 e 2014. Uma auditoria externa também será contratada para revisar as contas da última gestão, em que esteve à frente o então reitor João Grandino Rodas.

As informações foram dadas nesta terça-feira, 3, pelo reitor Marco Antonio Zago, durante reunião do Conselho Universitário, órgão máximo da instituição. Em crise financeira, a USP gasta atualmente 105% das receitas com salários de docentes e funcionários.

Embora fosse pró-reitor de Pesquisa da última gestão, Zago afirma que o descontrole orçamentário não foi informado pelo ex-reitor a todos os integrantes da administração do Conselho Universitário. Durante seu mandato, Rodas foi criticado como centralizador e pouco transparente.

A sindicância, formada por três professores da própria USP, tem 60 dias para concluir os trabalhos. Caso julgue necessário, o grupo pode abrir um processo administrativo disciplinar, cuja pena máxima é a expulsão dos professores ou servidores condenados. Procurado pela reportagem, João Grandino Rodas não foi encontrado.

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