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Universitários que fraudaram Enem serão expulsos

O ministro da Educação, Mendonça Filho, afirmou que 16 suspeitos de se beneficiar de fraudes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), desde 2013, serão expulsos das faculdades. Além disso, a Polícia Federal (PF) monitorou 70 suspeitos de fraude neste fim de semana. As provas foram direcionadas aos inscritos que não puderam fazer o Enem de novembro, por causa de ocupações em escolas e contingências. Nenhum dos investigados, contudo, teria comparecido.

Para Mendonça Filho, os suspeitos podem ter desistido porque ficaram com receio das prisões que aconteceram na primeira aplicação do Enem. “A gente tinha 70 pessoas domingo sob suspeita. Eu não posso falar quais, mas elas nem sequer compareceram às provas, porque ficaram com medo do que ocorreu no primeiro Enem, onde alguns foram presos em flagrante enquanto tentavam fraudar”, avaliou.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ainda identificou 16 estudantes que teriam se beneficiado de esquemas de fraudes nas edições do Exame Nacional do Ensino Médio de 2013 e 2014 para entrar na universidade.

Segundo o ministro da Educação, Mendonça Filho, eles serão expulsos dos cursos que frequentam atualmente. “O Inep deve publicar (em breve) a eliminação de um estudante de Medicina que se beneficiou no exame de 2014 e mais 15 que serão eliminados de suas respectivas universidades porque entraram em processos do Sisu com base em provas fraudulentas”, explicou Mendonça. De acordo com a presidente do Inep, Maria Inês Fini, o órgão já está repassando a diferentes universidades os nomes dos estudantes fraudadores.

Na semana passada, a PF finalizou um relatório que aponta problemas na primeira aplicação do Enem 2016. No inquérito, os investigadores afirmam que as provas e a Redação de novembro vazaram antes do início da aplicação para, pelo menos, dois candidatos.

Apesar disso, Mendonça reafirmou que o exame não será anulado. O ministro alegou que a medida não seria necessária porque o vazamento foi “localizado” e não compromete a “lisura” do processo.

“A rigor foi algo localizado, foi detectado com base em um processo de investigação com base na atuação da PF e dados do Inep. Se o Inep não tivesse a atuação que teve, com um mapa de possíveis suspeitos e toda uma estratégia, evidentemente que os resultados no que diz respeito ao combate à fraude, ou tentativa de fraude, talvez não fossem do conhecimento público”, defendeu Mendonça.

O MEC considera que não há indício de vazamento do gabarito oficial nem de envolvimento de servidores.

Neste domingo, 4, a Polícia Federal informou que não houve prisões durante a segunda aplicação da prova. O Inep registrou abstenção de 39,7% no primeiro dia e 41,4% no segundo. Dos cerca de 277.657 inscritos na segunda aplicação, 72.223 faltaram. Do total de participantes, 11 foram eliminados por descumprimento de regras gerais.

Consulta

Mendonça Filho ainda estuda lançar uma consulta pública sobre o Enem para melhorar a aplicação do exame.

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