A Unesp prevê gastar mais do que recebe do governo do Estado com salários de professores e técnicos. O desequilíbrio nas contas, diz a reitoria, é motivado pela desaceleração econômica e pela queda de arrecadação. Em 2015, a universidade estima repasses de R$ 2,1 bilhões do Tesouro – R$ 150 milhões a menos do que o previsto.
No acumulado do ano, 100,9% dos repasses devem ser comprometidos com a folha salarial, valor mais alto dos últimos 20 anos. Para honrar todos os compromissos, a Unesp prevê usar R$ 367 milhões de verbas próprias no ano, a maioria retirada de sua reserva bancária.
“Não é a universidade que exagerou nas contratações e aumentou a folha a ponto de o impacto ficar maior do que o dinheiro do Tesouro”, diz o reitor, Julio Cezar Durigan. “O problema é que a arrecadação diminuiu.”
A Unesp vive de uma cota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) estadual, que caiu 4,5%, em termos reais, em 12 meses. Já suspendeu contratações e a progressão de carreiras e fez cortes de gastos de custeio e obras.