A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) anunciou ontem que vai aderir ainda neste ano ao novo sistema de ingresso às universidades federais proposto pelo Ministério da Educação (MEC). Para alguns cursos, o Enem poderá substituir completamente o vestibular. No caso de carreiras mais concorridas, como Medicina, o exame deverá servir como primeira fase de seleção. “Os coordenadores e os professores dos cursos terão total liberdade para optar entre os dois modelos. A decisão deve sair até o fim de maio”, afirmou o pró-reitor de graduação, Miguel Jorge.
O pró-reitor explica que os cursos que optarem por usar o Enem como fase única poderão entrar para o sistema unificado proposto pelo MEC, ou seja, os candidatos inscritos também concorrerão a uma vaga em outras universidades federais que aderirem ao sistema. “Essa é a tendência para os cursos mais novos e de menor demanda, como os da área de humanas.” Já os mais concorridos, diz ele, como exigem uma avaliação com grande capacidade de discriminar candidatos de alta qualidade, a tendência é que seja mantida uma segunda fase própria.
“Vamos fazer uma experiência. Se as mudanças no Enem forem suficientes para suprir a necessidade de seleção dos candidatos, podemos aderir totalmente ao sistema unificado nos anos seguintes”, disse. A Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais, também decidiu usar o novo Enem como primeira etapa de seu processo seletivo. A proposta permite que o candidato realize as duas provas – o Enem e a primeira etapa do vestibular tradicional – e só depois escolha qual das duas notas será considerada para a 2ª fase. O exame também deverá ser usado para preencher as vagas ociosas.